sábado, 27 de fevereiro de 2016

As duas vindas de machiach

as dua vindas de machiach não é um conceito cristão, e sim judaico predito pelos sabios rabinos inclusive no talmud .
espera’’,que ‘’Nosso Mashiach esta destinado a se ocultar depois da sua revelação, e voltará para ser revelado’’.
Nas palavras do rabino Yoden, sábio talmudista que, infelizmente, ao que se sabe não creu em Yeshua, encontramos: ‘’no futuro, nos dias do Messias, o Santíssimo, bendito será Ele, fará o Messias assentar-se ‘a sua mão direita’, como é dito: Disse o Adonay ao meu ‘Adon: Assenta-se a minha mão direita (Sl. 110:1)’’.
No Zohar, Shemot 8b, um livro sobre misticismo judaico, encontramos descrito tais palavras: ‘’Ele levará uma vida normal no mundo (Primeira vinda); o espírito de Mashiach no Gan Éden Celestial será concedida a ele (O espírito de Elohim estaria Nele), ele será escondido ascendendo aos céus (Sua ascensão) e só então será revelado e recebido por Israel (Seu retorno)’’.
vemos daniel 7:13 onde o machiach vem sobre as nuvens,temos zacarias 9:9 onde o machiach vem sentado sobre um jumento,e assim por diante,a minha fé em Yeshua não está firmada no NT e sim no tanach e nos comentarios dos sabios do talmud.



terça-feira, 22 de dezembro de 2015

é proibido fazer barba?


Não cortareis o cabelo, arredondando os cantos da vossa cabeça, e não raspareis com navalha a sua barba. levitico 19:27

Não farão calva na sua cabeça, e nem a sua barba rasparão, nem darão golpes na sua carne levitico 21:5

É como o óleo precioso sobre a cabeça, que desce sobre a barba, a barba de Arão, e que desce à orla das suas vestes. salmos 133:22




ou seja a Torah não proíbe aparar a Barba e sim passar navalha. porém se vc ler os mesmos versiculos numa biblia em português lerá com uma interpretação errada.


Por que é recomendado o uso da barba?


RESPOSTA:

Consta no Zôhar, que a barba está ligada às treze medidas de misericórdia Divina. Ao deixar a barba crescer, o homem torna-se um recipiente para receber as bênçãos Divinas de saúde e sustento, tanto para ele quanto para sua família. No entanto, como toda mitsvá, devemos cumpri-la por ser um preceito da Torá, e não para obter a recompensa.

É proibido usar navalha, mas é possível aparar a barba com tesoura ou utilizar o barbeador. Neste caso, deve-se cuidar para que não seja "Double action" (dupla ação, com duas ou mais lâminas), o que vem indicado no próprio aparelho. A maioria dos aparelhos, salvo isto, não apresentam problemas.

http://www.chabad.org.br/interativo/FAQ/barba.htm


shemá Yisrael

Shemá Antes de Dormir
Tudo Está Bem Quando Termina Bem

Psicólogos que estudam os sonhos dizem que os últimos cinco minutos conscientes do dia determinam o que sonharemos à noite. E sabemos que a maneira de dormir determina grande parte do que iremos desempenhar no dia seguinte.Este é um bom motivo para entrar na rotina do “Shemá Antes de Dormir”.


Ouve, Israel, o Senhor nosso Deus é o único Senhor.
Amarás, pois, o Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todas as tuas forças.
E estas palavras, que hoje te ordeno, estarão no teu coração;
E as ensinarás a teus filhos e delas falarás assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e deitando-te e levantando-te.
Também as atarás por sinal na tua mão, e te serão por frontais entre os teus olhos.
E as escreverás nos umbrais de tua casa, e nas tuas portas.
Deuteronômio 6:4-9


domingo, 20 de dezembro de 2015

Sereis santos

Foi para levar ao conceito de Santidade que a Torah foi dada a Israel,todos os mandamentos são para levar a nação de Yisrael a ser uma nação santa(separada)dos outros povos. assim tb é a lei de Kashurut (alimentação)

Porque eu sou o Senhor vosso Deus; portanto vós vos santificareis, e sereis santos, porque eu sou santo; e não vos contaminareis com nenhum réptil que se arrasta sobre a terra;
Porque eu sou o Senhor, que vos fiz subir da terra do Egito, para que eu seja vosso Deus, e para que sejais santos; porque eu sou santo.
Esta é a lei dos animais, e das aves, e de toda criatura vivente que se move nas águas, e de toda criatura que se arrasta sobre a terra;
Para fazer diferença entre o imundo e o limpo; e entre animais que se podem comer e os animais que não se podem comer.

Levítico 11:44-47

E a vós vos tenho dito: Em herança possuireis a sua terra, e eu a darei a vós, para a possuirdes, terra que mana leite e mel. Eu sou o Senhor vosso Deus, que vos separei dos povos.
Fareis, pois, diferença entre os animais limpos e imundos, e entre as aves imundas e as limpas; e as vossas almas não fareis abomináveis por causa dos animais, ou das aves, ou de tudo o que se arrasta sobre a terra; as quais coisas apartei de vós, para tê-las por imundas.
E ser-me-eis santos, porque eu, o Senhor, sou santo, e vos separei dos povos, para serdes meus.

Levítico 20:24-26

Agora, pois, se diligentemente ouvirdes a minha voz e guardardes a minha aliança, então sereis a minha propriedade peculiar dentre todos os povos, porque toda a terra é minha.
E vós me sereis um reino sacerdotal e o povo santo. Estas são as palavras que falarás aos filhos de Israel.

Êxodo 19:5-6

pq isso? Israel tem uma missão importante de ser a luz para os gentios, 

Disse mais: Pouco é que sejas o meu servo, para restaurares as tribos de Jacó, e tornares a trazer os preservados de Israel; também te dei para luz dos gentios, para seres a minha salvação até à extremidade da terra.
Isaías 49:6
 por isso determinadas leis são dadas para Yisrael ,não para gentios os quais recebem as 7 leis de Noah para serem justos.

Satan ou inibidor?

Explicando para quem não sabe o que é o TAL DIABO:
Demônios na crença judaica - Estudo Elucidador
De fato, nem os cristãos compreendem como é que um anjo de D-us tentou e seduziu outros a desobedecer ao próprio D-us. E esta ideia é completamente contrária a tudo o que o Judaísmo ensina! Nós estudiosos das Escrituras Hebraicas, rejeitamos esta teoria de forma plena. O que é que, então, o Judaísmo explica com relação ao Satán?
Para começar, a palavra hebraica שטן “Satán” significa literalmente “Inibidor/ Evitador/ Impossibilitador”. Inibir quer dizer, tentar impedir alguém de realizar algo. Disso aprendemos que D-us foi quem criou as diversas dificuldades, obstáculos da vida; os quais temos que enfrentar neste mundo, exatamente para nos conduzir a auto-superação, e para nos levar ao progresso. Satán é o responsável por tornar as coisas difíceis, por desafiar e assim colaborar para que tenhamos a chance de vencer a nós mesmos; para passarmos no teste. Satán é um Maláh (por hora, entenderemos como Anjo) cujo propósito é especificado por D-us. A “tentação” existe dentro nós, por intermédio dos dois instintos que D-us mesmo criou no homem, tanto o inclinando ao bem como ao mal. O mais importante, é que somente esta habilidade de escolha absoluta torna possível que façamos o bem e o mal, com total e absoluta decisão pessoal. Temos a plena capacidade de recusar fazer o mal. Esta é a noção exata de que temos o direito que escolher tanto o bem como o mal.
A habilidade de escolher entre o bem e o mal é o que nos garante a noção de livre-arbítrio. Portanto, para nos induzir a escolher o bem é que HaShem nos oferece o bem no mundo vindouro, e para que mereçamos isso, é preciso que algo nos iniba, algo que tente nos impedir e que tenhamos que superar. Satán, portanto é nossa inclinação ao mal (Ietzer Hará). E a inclinação ao mal tenta nos impedir de fazer o bem, pois HaShem tem ordenado a ela fazer exatamente isso. Porquê? Para nos garantir livre arbítrio. Para que nossa escolha pelo bem seja sempre voluntária. Cada um de nós, todos os dias, luta contra seu mau instinto. Todos nós temos várias tentações que se manifestam durante o dia.
A habilidade de escolha entre o bem e o mal nos garante a liberdade. E assim como no exemplo de Iáacov (Jacó), temos a capacidade de vencer até mesmo os Malahím (entendamos como anjos por enquanto) se assim nos prepararmos. Por quê? Porque temos livre arbítrio. Portanto, o Talmud nos ensina que os homens são, neste sentido, mais importantes que os anjos, pois nós podemos lutar com qualquer anjo e até vencê-lo. Um anjo não pode mudar a nossa vontade.
O Satán não é – como pensam os cristãos – um anjo rebelde. Tal coisa é simplesmente impossível. Os anjos são seres de matéria elevada e sagrada porque foram criados desta forma, assim como os animais são animais porque foram criados desta maneira; os anjos estão constantemente contemplando a irradiação de HaShem por toda parte. Agora, acaso uma pessoa poderia estar no mar sem se molhar? Do mesmo modo um anjo não pode evitar a Divina Presença e por isso, não consegue deixar de ser sagrado. A santidade de toda criação, de todo o universo é contemplada de foram elevada pelos seres que são neste sentido, elevados; e por isso eles não podem parar de servir ao ETERNO, nem podem escolher não fazê-lo. Eles não possuem o livre arbítrio. Não podem contemplar outra coisa senão o ETERNO diante de si.
Além disso, seres humanos tem o mal instinto para tentá-los. Mas “anjos” não têm agentes que possam tentá-los… Afinal, quem seria o Satán do próprio Satán? Um ultra Satán? A verdade é que o Satán tem uma missão a cumprir como todo e qualquer “anjo”. E “anjos” não possuem livre arbítrio para escolher suas missões. Eles são apenas reflexos da vontade de D-us, no sistema em que foram criados para propósitos específicos.
Um homem certa vez, veio até um grande rabino, muito preocupado. Ele disse ao rabino: “Por favor, faça uma oração à Hashem para que remova minha má inclinação. Eu cometo muitos pecados e eu desejo parar!” O rabino respondeu: “Mas então, qual será o seu propósito no mundo quando você não mais tiver má inclinação? Se o seu propósito é viver para vencer sua má natureza?! Foi para isso que você foi criado! HaShem já tem bastantes anjos nos céus! Ele não precisa de mais. Ele te criou humano, para que você progrida na senda da justiça”.
Seres humanos podem melhorar a si mesmos, e este é seu propósito no mundo. Os “anjos”, não podem melhorar nem progredir, assim como os animais não progridem moralmente. Este não é, sequer, o propósito da sua existência. Por isso, anjos são descritos como seres constantemente, “em pé diante de HaShem”. Eles não podem fazer melhor que isso, não podem se elevar nem se diminuir. Eles então são descritos como estáticos: Seres sem personalidade. É sobre isso que Ieheskél (Ezequiel) estava falando quando disse:
5 E no meio da chama algo que se assemelhava a quatro [tipos de] animais do campo; e sua aparência parecia com a de seres humanos,
ו וְאַרְבָּעָה פָנִים, לְאֶחָת; וְאַרְבַּע כְּנָפַיִם, לְאַחַת לָהֶם
6 mas cada um tinha quatro rostos, e quatro asas,
ז וְרַגְלֵיהֶם, רֶגֶל יְשָׁרָה; וְכַף רַגְלֵיהֶם, כְּכַף רֶגֶל עֵגֶל, וְנֹצְצִים, כְּעֵין נְחֹשֶׁת קָלָל.
7 seus pés eram retos e suas plantas eram como as das patas de um bezerro, e brilhavam como a cor do cobre polido.
ח וידו (וִידֵי) אָדָם, מִתַּחַת כַּנְפֵיהֶם, עַל, אַרְבַּעַת רִבְעֵיהֶם; וּפְנֵיהֶם וְכַנְפֵיהֶם, לְאַרְבַּעְתָּם
8 Sob suas asas tinhas mãos humanas nos quatro lados,
ט חֹבְרֹת אִשָּׁה אֶל-אֲחוֹתָהּ, כַּנְפֵיהֶם: לֹא-יִסַּבּוּ בְלֶכְתָּן, אִישׁ אֶל-עֵבֶר פָּנָיו יֵלֵכוּ
9 e elas estavam unidas entre si. Quanto aos rostos, estes não se viravam quando os seres caminhavam, voltados sempre para frente.
י וּדְמוּת פְּנֵיהֶם, פְּנֵי אָדָם, וּפְנֵי אַרְיֵה אֶל-הַיָּמִין לְאַרְבַּעְתָּם, וּפְנֵי-שׁוֹר מֵהַשְּׂמֹאול לְאַרְבַּעְתָּן; וּפְנֵי-נֶשֶׁר, לְאַרְבַּעְתָּן
10 Tinham a aparência do rosto de um homem, e os quatro tinham a aparência de um leão do lado direito, de um touro do lado esquerdo, mas tinham também a cara de uma águia
Estes seres com aparência humana e animal descreve a missão destes anjos entre os homens, exatamente como a missão dos animais; servir aos propósitos do ser racional, o ser humano. O profeta Ieshaiáhu (Isaías); quando descrevendo suas visões celestiais, disse que “Acima [para atendê-los], se postavam Sefarins…” (Ieshaiah 6:2). Ora os Serafins são os “anjos” elevados e considerados superiores. E eles são descritos como parados em pé, no nível que HaShem lhes determinou.
Seres humanos são completamente diferentes. Humanos podem melhorar-se e elevar-se. E por isso o profeta Zehariáh disse ao Sumo Sacerdote, “Assim disse o ETERNO dos Exércitos: Se andares no Meu Caminho e cumprires Meus Mandamentos, praticares justiça em Minha casa e Guardares os Meus pátios, darei a ti livre acesso entre os [“anjos”] que estão à nossa volta”. (Zehariah 3:7).
Em outras palavras, HaShem estava dizendo que prometia ao Sacerdote a existência no mundo vindouro, em meio aos justos que lá estavam e que neste próximo mundo, eles caminharão entre os que estão à nossa volta [parados], ou seja, “anjos”. E do mesmo modo que anjos são seres perpetuamente estacionados, nós somos os que nos movemos rumo a um estágio mais elevado. E nosso propósito é especialmente, mover-nos rumo ao progresso moral e espiritual.
Como nós poderemos fazer isso? Sendo constantemente teimosos em procurar vencer nossa má inclinação. Em observar os Mandamentos de D-us. Portanto é preciso revisar os conceitos de muitos sobre o que as Escrituras Ensinam sobre o Satán. Satán não é, e nem poderia ser um anjo caído. Satan é apenas um anjo com um trabalho que para nós é desafiador. Satán não tem um reino paralelo. Satán não está competindo com D-us, nem está atrapalhando a criação. Ele sequer se satisfaz quando a pessoa se deixa vencer pela má inclinação. Ele sequer decide suas próprias missões. Satán é um anjo que nos impõe desafios, ao mando de D-us; um anjo que não permite que enganemos a nós mesmos com falsa modéstia ou hipocrisia moral; um anjo que traz a punição divina ao homem; que executa a correção do Criador. Satán não tem aparência maquiavélica, nem chifres, nem pele vermelha, nem rabo, nem mora em chamas, nem mesmo se veste de terno e gravata!
Satán é uma força, impessoal, enviada para nos desafiar, uma prova, uma avaliação que temos que superar para provar nosso valor, nossa real escolha. Satán pode ser percebido por meio de um desejo impróprio dentro de você. Claro, não existem coisas criadas justamente para nos fazer errar. Nós é que escolhemos errar. A possibilidade do erro faz-nos sentir a necessidade de melhora e nos induz ao progresso para o qual fomos criados. Mas tudo depende das escolhas que fazemos. O Satan executa sua missão de se opor a nós, por meio das coisas que nós mesmos valorizamos no mundo.
Então, se uma pessoa vem ao seu encontro e lhe oferece um objeto roubado por um preço insignificante, por exemplo; esta pessoa não é o Satán e nem está sendo “usada” pelo Satán. Esta pessoa é uma que não resistiu a sua própria má inclinação, e não resistindo à oposição do Satán, e por fim decidiu fazer o mal.
Não foi obrigada a isso, mas foi desafiada nas suas convicções morais e testada em sua fé na justiça e no bem. Se esta pessoa falhou e não passou na prova, esta pessoa que cometeu o pecado, quer cometer outro; como dizem os sábios, a recompensa de um pecado é outro pecado, e agora seria a sua vez de escolher.
Como pecou, esta pessoa estará melhor internamente se convencer a si mesma, de que o pecado é algo normal que todos fazem. Se você tratar esta situação como normal, é reflexo da sua decisão, e a forma como tal erro se apresenta em sua mente, e consequentemente o resultado da sua escolha também.
Todo ser humano deve tentar vencer o mal que há em si. E muita gente tenta fazer prevalecer sua ideia para aliviar a si mesma da culpa. Ninguém quer pecar sozinho. E pode até ser que a pessoa queira cometer um crime com sua ajuda! Ou talvez a pessoa tenha a satisfação de ver que não está só no erro, ou de ver você contradizer suas convicções; o que seria uma pessoa muito perturbada; porém muito frequente em nossa sociedade. A pessoa pode ter mil motivações ao pecado. Do mesmo modo, a figura da serpente no Éden, não se referia ao Satán; a quem os cristãos gostam de atribuir. Cobras não são diabos! São apenas cobras, répteis e nada mais. É apenas uma figuração da própria tentação humana, desenvolvida na mente do primeiro homem e da primeira mulher, motivada pela curiosidade e devaneios de ambos.
E como uma pessoa deve evitar sucumbir quando for testada pelo Satán enviado sob ordem de D-us? Vivendo uma vida de Torá, uma vida de acordo com a Lei Eterna. Isso envolve uma série de fatores que trabalham juntos. Posso até mencionar alguns:
* Estudar a Torá diariamente, melhorando tanto quantitativamente quanto qualitativamente seus estudos, sua busca por conhecimentos.
*Ser humilde e aceitar instrução dos sábios que receberam e preservam a Sagrada Tradição até hoje.
*Procurar desenvolver suas qualificações morais.
*Exercitar a introspecção, e o autodesenvolvimento na observância dos Mandamentos.
É impossível classificar tais conselhos por ordem de importância, e isso dependerá do nível moral e urgência de cada pessoa.
Nenhum de nós é capaz de destruir o Satán. O que nós devemos fazer é usar a oportunidade do desafio para vencer a nós mesmos, procurando compreender onde o Satán foi enviado a servir-nos de opositor, sabendo então que é exatamente nesta determinada qualidade que devemos agora nos superar. O Talmud nos instrui que a nossa Inclinação ao Mal constantemente tenta nos destruir espiritualmente, e HaShem constantemente nos ajuda a vencer nossas fraquezas, pelo simples fato de lutarmos pelo bem. Quando este mundo terminar, no mundo vindouro, o julgamento da história acontecerá. Após isso, a função do Satán estará cumprida neste mundo. Ele não mais precisará guiar as pessoas rumo ao progresso por intermédio das dificuldades que impõe, pois atingiremos o nível desejado por HaShem para este mundo. Uma vez terminado o julgamento, não precisaremos mais da expiação da morte, e consequentemente o Satán não mais será o agente da morte biológica, nem um opositor frente à escolha humana. Satán terá então a sua existência anulada, pois atingirá o propósito para o qual foi criado.
E isso não será uma injustiça com o Satán. Será como desligar uma máquina por não mais precisar usá-la. Acaso alguém choraria por desligar sua TV por não querer mais assisti-la? Do mesmo modo que máquinas, “anjos” não são seres conscientes, como nós humanos somos; não possuem nem emoções nem desejos. Eles apenas existem para seguir as instruções de HaShem e é exatamente isso que fazem. Nisso, eles se assemelham aos animais e por isso nas visões, são comparados como tais. Portanto, Satán foi criado para nos desafiar e nós podemos escolher vencer todos os desafios e consequentemente, vencer a nós mesmos, ou não. Mas, não foi sem propósito que todo ser foi criado. Sejam os animais ou os anjos! Quando nós lutamos contra nós mesmos, controlando-nos e aprendendo a superação, nós somos recompensados e juntamente conosco o Satán que cumpriu sua missão. A recompensa do Satán é a própria continuidade da sua existência! Que por fim atingirá seu ápice e será anulada quando não for mais necessária.

Tsedaka

Tsedacá ( Caridade) pratica de amor
um conceito judaico,de justiça,amor ao próximo,o eterno permiti que exista ricos e pobres, o que possui riquezas deve dar doar com espontaneidade para honrar ao eterno provérbios 14:31 sendo assim praticar a Tsedacá é um ato de amor para o próximo e tb para com D'us.

Livremente lhe darás, e que o teu coração não seja maligno, quando lhe deres; pois por esta causa te abençoará o Senhor teu Deus em toda a tua obra, e em tudo o que puseres a tua mão.
Pois nunca deixará de haver pobre na terra; pelo que te ordeno, dizendo: Livremente abrirás a tua mão para o teu irmão, para o teu necessitado, e para o teu pobre na tua terra.
Deuteronômio 15:10-11

proverbios 31:20 Abre a sua mão ao pobre, e estende as suas mãos ao necessitado.

Desde a época do Templo Sagrado era visível para os judeus que levavam seus sacrifícios, que não importava qual fosse: um sacrifício representado por um animal de porte como um boi, uma ovelha, até uma certa quantidade de farinha (o que dependia da posse de cada um): todos eram aceitos e igualmente queridos por D’us. Assim, mesmo a mais ínfima doação de um pobre equivale para D’us como a maior doação de um rico.

Aprendemos de nosso patriarca Avraham o dom da generosidade. Assim como sua tenda possuia quatro aberturas que davam para as quatro direções do deserto afim de visualizar qualquer estrangeiro que passasse próximo ao seu caminho para convidá-lo a usufruir de sua hospitalidade, da mesma forma, devemos ser reconhecidos como seus legítimos descendentes: estender a mão para quem se encontra em nosso caminho e sempre procurar ajudar nosso semelhante.

Devemos sempre nos colocar em seu lugar, pois da mesma forma que nos dirigimos humildemente ao Criador em busca de bênçãos de saúde, alegrias materiais e espirituais, somos carentes: ocupamos a mesma posição daquele que se encontra diante de nós e pede para que estendamos nossa mão.

Devemos pensar que através das gerações poderemos também ter descendentes que um dia necessitarão talvez da ajuda de outros e portanto, nos sensibilizar que todos nós poderíamos estar em seu lugar. Devemos pensar que não nos encontramos em sua situação apenas pelo fato de que através de nossa ajuda possamos lhe fornecer mais conforto e dignidade, sendo justo com os bens que recebemos de D’us, para usá-lo da maneira que Ele espera que façamos.

Nossos bens é como um penhor que um dia deveremos devolver e restituir ao seu legítimo Dono.

Qual a origem da tsedacá

A Torá declara no seguinte versículo:

"Se houver um carente entre seus irmãos, numa de suas cidades, na terra que D'us deu a vocês, não endureçam seus corações nem fechem a mão a seu irmão carente. Vocês definitivamente devem abrir suas mãos e lhe emprestar o suficiente para o que lhe faltar (Devarim 15:7,8)".

A palavra hebraica Tsedacá é erroneamente traduzida como 'caridade', mas a palavra correta que provém de tsêdek é "justiça". Ela difere da caridade pois esta é definida como "um ato de generosidade ou de auxílio a um pobre". A Tsedacá não é meramente um ato de caridade: toda vez que alguém proporciona satisfação a outros - mesmo aos ricos - com dinheiro, comida ou palavras reconfortantes, ele cumpre esta mitsvá!

Este é um dos 613 preceitos dados por D’us no Monte Sinai ao povo judeu.

D’us permitiu que existissem pobres e ricos para que os seres humanos exercecem bondade e justiça uns com os outros transformando seu livre arbítrio em ações positivas.

Fazer Justiça

Quando as pessoas dão tsedacá, podem sentir que estão fazendo sacrifício por doar parte de seu próprio dinheiro a outrem. Podem mesmo aborrecer-se com o receptor da tsedacá por tirar vantagens. A Torá nos diz que esta atitude é errada, advertindo: "Não dê de má vontade." A razão está no versículo de Provérbios que diz: "Não retenha o bem daquele a quem é devido, quando está em seu poder fazê-lo." Aquilo que damos aos necessitados rigorosamente pertence a eles, e a pessoa com meios é, na verdade, apenas o depositário da propriedade dos pobres.

Em Provérbios também encontramos: "Não roube dos pobres." Mas o que os pobres têm que possamos roubar deles? Este versículo refere-se à retenção da tsedacá, porque quando as pessoas o fazem, guardam para si mesmas o que por direito pertence aos pobres. Seria uma espécie de roubo.

Aqueles que recebem tsedacá não devem se sentir humilhados, e quem dá tsedacá não deve se sentir magnânimo. É simplesmente um ato de justiça, de distribuir o quê, por direito, pertence a cada pessoa.

Quanto devemos dar para tsedacá?

A Torá nos ordena dar um décimo de nossa renda líquida. É meritório dar 20% (Shulchán Aruch Yore Dea 249:1). Existem muitos exemplos na Torá onde nossos antepassados deram seu maasser (dízimo), como com Avraham (Bereshit 14:20) e Yaácov (Bereshit 29:22), bem como a mitsvá de darmos 10% de nossas entradas aos Leviim (membros da tribo de Levi) (Bamidbár 18: 21,24) e outros 10% aos pobres da localidade (Devarim 26:12).

O Gaon de Vilna (Lituânia, 1720-1797) explicou que o critério para darmos Tsedacá está indicado no versículo da Torá que já mencionamos acima, quando uma pessoa fecha sua mão, seus dedos parecem ficar todos com a mesma altura. Quando ela os abre, entretanto, percebe que cada dedo tem uma altura diferente. O mesmo se dá com a Tsedacá: Cada individuo carente tem necessidades diferentes e nossa obrigação com cada um varia conforme sua necessidade. O versículo 7 diz: "Não feche sua mão", ou seja, não dê a mesma quantia a todos os que lhe pedirem". O versículo 8 continua: "Vocês definitivamente devem abrir suas mãos", significando: 'Perceba que cada pessoa é diferente da outra e contribua conforme o caso'."

Como separamos o maasser?

Muitas vezes é difícil para as pessoas se separarem de seu dinheiro. No primeiro parágrafo da oração 'Shemá Israel' está escrito: "Você deve amar seu D'us com todo seu coração, toda sua alma e todas suas posses".

Os Sábios do Talmud perguntam: "Por que está escrito 'Todas suas posses'?

A resposta:

Para algumas pessoas é mais difícil separar-se de seu dinheiro que se separar da própria vida. Um exagero? Nem tanto. Há uma menção sobre nossa conquista da liberdade após a escravidão no Egito, em Pêssach. Do que isto nos vale hoje em dia? Como este fato tão remoto pode ser aplicado como lição em nossos dias? Pelo fato de que muitos de nós hoje é ou se torna escravo de seus bens materiais, ambições e conquistas.

Devemos nos lembrar que não podemos permanecer escravos da matéria e sim buscar nosso aprimoramento espiritual. Doar e dividir, somar e multiplicar com outros faz parte deste processo, desta ascenção humana e de nossa meta de vida.

Principais pontos

A quantia a ser doada é um assunto bastante extenso que procuraremos reduzir a algumas idéias principais, sempre tendo em mente que em caso de dúvidas ou sobre a forma mais propícia e correta de proceder, um rabino bem versado na halachá, lei judaica, deverá ser consultado.
A subsistência de uma pessoa deve preceder a subsistência de seu próximo. Ela só deverá doar aquilo que excede seus ganhos após ter usado o necessário para sua casa e seu próprio sustento.

A pessoa no primeiro ano de seu prolabore deve destinar 1/10 do valor bruto para tsedacá. Nos demais anos (ou meses, como ela queira se programar) deverá dar 1/10 de seu lucro líquido, para cumprir o preceito. Se ela desejar aprimorar esta ação, o ideal será ela destinar 1/5 de seu ganho, se este valor estiver dentro de sua capacidade. Sobre o dízimo a Torá diz que devemos separar 10% no mínimo (há quem separe 20%) de seus ganhos para tsedacá, justiça (caridade). No entanto, a quantia de 20% não deverá ser pensada se isto significar que a pessoa terá que pedir ajuda a outras e depender de caridade, ela própria. Os dez por cento de tsedacá (caridade) deve ser contabilizado da renda bruta, descontando apenas os impostos.

Este conceito, de a pessoa ser um sócio de D’us, tem ramificações diretas em quais despesas podem ser deduzidas de nossa renda antes de separar Maaser. O dinheiro gasto por uma pessoa para possibilitar que ganhe seu dinheiro pode ser deduzido desta renda antes de separar maaser, mesmo se este foi usado sem sucesso para este fim.

Quando se trata de deduzir despesas, por exemplo, a pessoa pode deduzir quaisquer despesas ou perdas que ocorram em seu negócio, pois há uma responsabilidade mútua (entre os negócios e o maaser). Quaisquer despesas ou perdas que não forem com o objetivo de produzir mais renda são consideradas como a renda particular da pessoa, e o maaser deve ser separado destes fundos.

Qualquer perda financeira causada por roubo, perda ou equipamento quebrado também pode ser deduzida, desde que não seja devido à negligência por parte do sócio. Os empregados podem deduzir de sua renda quaisquer impostos e despesas com creche que sejam necessárias para permitir que eles tenham um emprego; custos do transporte para o trabalho, bem como quaisquer cursos que os ajudem a trabalhar adequadamente.

Portanto, é desnecessário dizer que as despesas que alguém faz para suas próprias necessidades não devem ser deduzidas da renda bruta. Quanto a mensalidades escolares, se alguém não pode pagar na íntegra (para o estudo de Torá), e teria de solicitar uma bolsa, ele poderia deduzir esta despesa adicional do maaser.

Um método fácil para aqueles que recebem seu salário já deduzido de impostos é tirar 10% do valor e depositá-lo para alguma instituição realmente merecedora (Aconselhe-se bem antes de entregar o dinheiro. Lembre-se: Tsedacá é um 'negócio' espiritual. Da mesma forma que você não investiria seu dinheiro numa empresa ''picareta" ou já falida, não dê Tsedacá antes de assegurar-se onde irão aplicar seu dinheiro). Isto torna sua contabilidade honesta e transparente, tornando mais fácil cumprir esta mitsvá. Aqueles que têm empresas (onde sua conta corrente e a da empresa se confundem) ou vivem de outros INVESTIMENTOS, devem fazer um balanço semestral e separar o dizimo do quanto lucrou.

A Tsedacá deve ser dada com prazer e com um semblante agradável. Se um pobre lhe pede dinheiro e você não esta apto a ajudá-lo agora, não levante a voz ou aja desagradavelmente. Solidarize-se com ele e, calmamente, expresse que gostaria de ajudá-lo, mas que neste instante não tem condições de fazê-lo. É louvável dar algo a uma pessoa pobre que pede um donativo, mesmo que seja uma pequena quantia.

A recompensa por praticar a Tsedacá é enorme!

Em Yom Kipur recitamos que "Três coisas revogam um Mau Decreto dos Céus -- Teshuvá (retornar ao caminho da Torá), Tefilá (orações) e Tsedacá (atos de justiça, de correção)". Acima de tudo, não dê com cara amarrada ou se arrependa de atos de Tsedacá (ou de qualquer outra Mitsvá) que tenha feito -- você perderá o mérito do ato! Mas não pratique o ato pela recompensa, pois conforme o ensinamento de nossos sábios "a verdadeira recompensa pelo cumprimento de uma mitsvá, é a própria mitsvá"

Tudo o que possuímos é um empréstimo de D'us. Na realidade, tanto a colheita, como a renda monetária de cada indivíduo é um presente Divino. A Torá não quer que nos esqueçamos disto. Por isso, instituiu que um décimo da colheita, ou da renda, fosse doada. Este é um lembrete de que na realidade nenhum bem material é nossa propriedade eterna, e temos de usar o que temos agora para o bem.

Existem muitas mitsvót englobadas dentro da mitsvá de Tsedacá, que por sua vez está englobada dentro do mandamento mais amplo de imitarmos as características do Todo-Poderoso: Da mesma forma que D'us cuida de nós, devemos nos esforçar para ajudar o restante da humanidade.

O Rambam

O Rambam, Maimônides (1135-1204), um dos grandes codificadores das Lei Judaica, estabeleceu uma hierarquia de 8 pontos para esta mitsvá:

1) Dar um presente, emprestar dinheiro, aceitar como sócio ou arrumar trabalho para alguém, antes que ele precise pedir caridade;

2) Fazer caridade com um pobre, onde ambos o doador e o destinatário não sabem a identidade um do outro;

3) O doador sabe quem é o destinatário, mas este não sabe quem é o doador;

4) O destinatário sabe quem é o doador, mas este não sabe para quem está doando;

5) O doador faz a caridade antes mesmo de lhe ser pedida;

6) O doador dá algo a um pobre depois de lhe ser pedido;

7) O doador dá menos do que deveria, mas o faz de uma maneira agradável e reconfortante;

8) O doador faz a caridade com avareza (ele sente incômodo neste ato, mas não o demonstra).
Consta no Shulchán Aruch (O Código deLeis Judaico) (Yore Dea 249:3) que se a pessoa visivelmente demonstra desprezo, ela perde o mérito desta mitsvá.

Na época do Templo Sagrado

Na época do Templo Sagrado todo o povo deveria dar dez por cento de sua colheita para a Tribo de Levi, constituída pelos leviim e cohanim. Vamos explicar o por quê desta lei. A tribo de Levi foi escolhida para ser a representante do povo de Israel perante D’us. Assim sendo, ao invés de possuir um pedaço de terra e nela trabalhar, a Tribo de Levi trabalhava no Templo Sagrado, oferecendo os sacrifícios e as demais tarefas, em nome do povo judeu. O povo retribuía a tribo de Levi com o dízimo, e assim eles eram sustentados. Assim, na época do Templo Sagrado o dízimo era dado por todo o povo para a tribo de Levi.

Estes não receberam uma porção de terra para o cultivo, como as outras tribos, pois moravam na região do Templo em Jerusalém ou em cidades designadas para eles. Estas tribos, que tanto dedicavam-se em prol de Israel, eram sustentadas pelo povo. Os dízimos mencionados a seguir eram consumidos pelos Cohanim e Leviim e suas famílias.

Na época do Templo Sagrado, as oferendas, que representavam o maasser, eram retiradas da seguinte maneira:

1. Bikurim- as primeiras frutas da safra eram trazidas ao Cohen.

2. Terumá Guedolá- aproximadamente dois por cento da colheita era dada ao cohen.

3. Masser Rishon- o 'primeiro dízimo'- dez por cento do restante da colheita era dado ao Levi, que por sua vez retirava dez por cento e dava ao cohen.

4. Maasser Sheni- segundo dízimo- no primeiro, segundo, quarto, quinto e sétimo ano do ciclo sabático, o agricultor retirava dez por cento do restante da colheita e levava a Jerusalém, onde era comido ou redimido.

5. Maasser Ani- Dízimo do pobre- no terceiro e sexto ano no ciclo sabático, ao invés de levar-se o maasser sheni ao Templo Sagrado, este era dado aos pobres.

Há muitas outras leis relativas ao maasser (dízimo) inclusive relativas ao plantio e colheita da terra em Israel que vigoram até hoje, beneficiando viúvas, órfãos e necessitados. Leia, estude e consulte sempre um rabino.

Dar tsedacá:
Um presente Divino

O dízimo pode ser aplicado de várias maneiras. Uma das formas mais nobres é dando dinheiro para a caridade. No judaísmo existe a mitsvá, o preceito, de doarmos 10 % de nossa renda ou até mais para instituições e pessoas necessitadas, a nosso próprio critério. Procuramos entidades idôneas que sabemos com certeza que o dinheiro será todo aplicado em obras assistenciais, ajuda a pobres e necessitados, viúvas, órfãos, deficientes, idosos, custeio de estudos a estudantes carentes, e assim por diante.

A prática do dízimo é benéfica para qualquer pessoa, independente de sua religião. Líderes de todas as religiões devem estimular seus seguidores a adotar práticas de caridade e compatilhar aquilo que tem com os menos afortunados.

Em primeiro lugar, devemos doar aos necessitados da própria família. Depois, aos carentes de nossa cidade, instituições de caridade, sinagogas e outras instituições.

Na realidade, tanto a colheita, como a renda monetária de cada indivíduo é um presente Divino. A Torá não quer que nos esqueçamos disto. Por isso, instituiu que um décimo da colheita, ou da renda, fosse doada. Este é um lembrete de que na realidade nenhum bem material é nossa propriedade eterna, e temos de usar o que temos agora para o bem, e nunca pensar "amanhã", ou "talvez…". Pois este "talvez" pode também significar que "Talvez não estejamos mais aqui amanhã".

Que possamos abrir nossos corações, mentes e mãos diariamente para praticar atos de justiça e nos tornarmos hoje dignos de termos sido os fiéis depositários da confiança e eterna bondade Divina.

fonte: Chabad http://www.chabad.org.br/biblioteca/artigos/tsedaca/home.html

Mulher pode Usar Calça?


pode a mulher usar calça?

Não haverá traje de homem na mulher, e nem vestirá o homem roupa de mulher; porque, qualquer que faz isto,abominação é ao SENHOR teu Deus.
Deuteronômio 22:5

muitas denominações pegam este versículo como base para afirmar que mulher não pode usar calça,mas estaria isto dentro do contexto das escrituras? para isso iremos usar um pouco os textos originais.

Devarim(deuteronômio 22:5) lo'-yihyeh kheliy-ghebher `al-'ishâh velo'-yilbashgebher simlath 'ishâhkiytho`abhathAdonay 'eloheykha kol-`osêh 'êlleh ph

לא יהיה כלי גבר על אשה ולא ילבש גבר שמלת אשה כי תועבת יהוה אלהיך כל עשה אלה׃ devarim22:5

kheliy- esta palavra em hebraico é designada para apontar utensílios militares tais como bainha de arma,couraça,armaduras, ou seja o que não é permitido é a mulher não usar utensílios masculinos.

simlath- é uma palavra,artigo que se dar nome, para se referir a xalé,o que conhecemos hoje como Talit.


2 samuel 12:20 Então Davi levantou-se do chão, lavou-se, perfumou-se e trocou de roupa.Depois entrou no santuário do Senhor e o adorou. E, voltando ao palácio, pediu que lhe preparassem uma refeição e comeu.

2 samuel 12:20 vayyâqâm dâvidh mêhâ'âretsvayyirchats vayyâsekhvaychallêphsimlah[simlothâyv]vayyâbho'bhêyth-Adonay vayyishtâchu vayyâbho' 'el-bêythovayyish'alvayyâsiymu lo lechem vayyo'khal

ויקם דוד מהארץ וירחץ ויסך ויחלף שמלתו ויבא בית יהוה וישתחו ויבא אל ביתו וישאל וישימו לו לחם ויאכל׃ samuel 12:20

será que estamos vendo então David se vestindo de mulher para entrar no santuário? claro que não,o que acontece é que tanto homens e mulheres usavam as mesmas vestimentas,o que mudava eram os trajes intímos e utensílios.

citando outro exemplo na Torah

genêsis 37:3 Ora, israel gostava mais de José do que de qualquer outro filho, porque lhe havia nascido em sua velhice; por isso mandou fazer para ele uma túnica longa

genêsis 37:3 veyisrâ'êl 'âhabh 'eth-yosêph mikkol-bânâyv kiy-bhen-zequniym hu'lo ve`âsâh lo ccpassiym

וישראל אהב את יוסף מכל בניו כי בן זקנים הוא לו ועשה לו כתנת פסים genêsis 37:3

kethoneth -era a principal vestimenta de homens e mulheres.

2 Samuel 13:19 vattiqqach tâmâr 'êpher `al-ro'shâh ukhethoneth happassiym 'asher `âleyhâqârâ`âh vattâsem yâdhâh `al-ro'shâh vattêlekh hâlokh vezâ`âqâh

ותקח תמר אפר על ראשה וכתנת הפסים אשר עליה קרעה ותשם ידה על ראשה ותלך הלוך וזעקה 2 samuel 13:19

aqui podemos ver que tanto josé(homem) como tamar(mulher) usavam Kethonet,quem estava usando roupa de homem ou de mulher? o que fica claro examinando as escrituras é que tanto homem e mulher usavam vestimentas muito parecidas,o que certamente mudava eram os detalhes,utensílios,hoje temos calça para homem e mulher,será que o homem poderia vestir uma calça feminina se é roupa de homem então? nada melhor do que examinarmos as escrituras no seu contexto original e tiramos qualquer tipo de fermento(doutrina) que esteja fora dela,doutrina de homens,são dogmas fora sem contexto. o que é expressamente proibido nas escrituras é a sensualidade e isto é como para homens e para mulheres, ou seja usar calça não é errado nas escrituras,porém tomemos cuidado com a sensualidade.

Shalom Aleichem!